Por mais estranho que lhe possa parecer, a incontinência no pós-parto não é assim tão rara. Especialmente se tivermos em conta que tanto a gravidez como o parto, não só despontam como podem piorar, os casos de incontinência devido ao enfraquecimento dos músculos do pavimento pélvico.
“Depois do parto comecei a ter perdas de urina, quase não me apercebia, até que era tarde demais. Sentia-me horrível, com a sensação de que cheirava sempre mal e não me sentia à vontade para falar deste assunto com ninguém.”
Por vezes este problema tende a desaparecer gradualmente até aos seis meses após o parto, mas para muitas mulheres ele persiste, e manifesta-se quando rimos, tossimos ou somos sujeitas a algum ligeiro esforço. Mas a incontinência devido ao enfraquecimento é possível de ser tratada e até prevenida.
Certamente já ouviu falar dos exercícios de Kegel, são os exercícios para o pavimento pélvico por excelência, e se seguiu atentamente as aulas de preparação para o parto é muito provável que tenha experimentado. Ainda assim nunca é demais referirmos os exercícios de Kegel visto que são a forma mais simples que a mãe tem de prevenir o enfraquecimento dos músculos do pavimento pélvico.
Muitas de nós começam por fazer força nos glúteos, ou nos músculos abdominais, mas isso não ajuda em nada. Para realizar os exercidos de Kegel é essencial que identifique à partida os músculos certos que tem que trabalhar. Ao urinar, interrompa várias vezes o fluxo urinário, ao sentir a contração está a identificar os músculos que precisa de contrair e descontrair para realizar os exercícios corretamente. Feito este teste, identificados os músculos, não o repita. Não interrompa o funcionamento regular da sua bexiga sem necessidade até porque não precisa.
Este exercício pode ser feito em qualquer sítio mas sugerimos que o faça deitada e relaxada, começa simplesmente por identificar os músculos, contraia durante 3 a 10 segundos, e depois relaxe pelo mesmo período de tempo. Tente cerca de 10 repetições, 3 vezes ao dia.
Ser seguida de perto pelo seu médico é extremamente importante. Muitas mães nesta altura viram as suas atenções para o bebé e todas as idas ao hospital são mais para o pediatra e menos para o ginecologista, mas lembre-se que o seu bem-estar é essencial nesta fase. Partilhe com o seu médico o seu problema de incontinência, à quanto tempo dura, a frequência com que ocorre, e fale abertamente sem preconceitos ou vergonhas porque esta situação é perfeitamente normal e bastante comum.
Quanto mais depressa assumir que tem aqui um problema, mais depressa o pode resolver, e com o acompanhamento médico vai conseguir determinar a eficiência dos exercícios de Kegel, seguir a evolução dos músculos do pavimento pélvico, e mais importante, o seu médico vai conseguir preparar uma solução à medida do seu caso especifico e das suas necessidades.
Entre identificar que temos um problema e resolvê-lo podem passar-se alguns meses, e no caso da incontinência pós-parto, seja uma semana ou 6 meses, o desconforto está sempre lá. Para a ajudar enquanto trabalha no reforço do seu pavimento pélvico ficam algumas dicas para lidar com aquelas perdas de urina que continuam a acontecer.
Pensos
Muitas das nossas leitoras têm sido capazes de manter uma vida normal e relativamente confortável com pensos higiénicos normais, mas se no seu caso sentir que tem perdas demasiado grandes, pode sempre recorrer a pensos espécieicamente desenhados para a incontinência, que dão um suporte maior e previnem o odor.
Cuecas absorventes
Um pouco menos comum em Portugal mas a ganhar o seu próprio espaço, as cuecas absorventes podem ser uma alternativa. Criadas inicialmente para a menstruação, as cuecas absorventes são reutilizáveis e indicadas para o seu máximo conforto independentemente da quantidade de perdas de urina que possa ter.
Pessário
Se sentir que é demais e tiver alguma dificuldade a gerir toda esta situação fale com o seu médico, e coloque a hipótese de utilizar um pessário. Um pessário é um dispositivo médico inserido na vagina, quer para fornecer suporte estrutural, quer como método de entrega de medicamentos. São utilizados para potenciar apoio ao útero, vagina, bexiga ou reto, e são uma opção de tratamento para o prolapso do órgão pélvico.
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